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A mecanização e sustentabilidade devem andar juntas (Hulq, F99)

05/08/2018 - Por marco lorenzzo cunali ripoli
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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(Artigo publicado na revista Plant Project)


Duas terminologias muito comuns no dia-a-dia, não apenas daqueles envolvidos no agronegócio, que devem ser conceituadas corretamente antes de associadas.


Para o ex-professor titular da ESALQ-USP, Dr. Luis Geraldo Mialhe, a Mecanização Agrícola é uma das áreas da Engenharia Agronômica e Agrícola dedicada ao planejamento, execução e desenvolvimento das operações agrícolas por meio da utilização de máquinas, implementos e outras ferramentas mecânicas.  A mecanização tem como objetivo básico a racionalidade das operações agrícolas, podendo ser definida como o meio mecânico utilizado nos processos da agrícola.


A eficiência destes sistemas é um elemento importante para o sucesso das empresas agrícolas.  Os sistemas mecanizados são contribuem na com a urbanização, as economias industriais, melhoram a eficiência produtiva e incentivavam a produção em grande escala.  


De acordo com a World Wild Foundation (WWF), sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável conceitua-se como ao desenvolvimento para atender as necessidades da geração atual, sem comprometimento da capacidade de atender as necessidades das gerações futuras, ou seja o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.


Sustentabilidade é a responsabilidade de avançar de forma a sustentar a vida que permitirá futuras gerações tenham conforto, um mundo amigável, limpo e saudável onde as pessoas assumam a responsabilidade pela vida em todas as suas formas, bem como respeitar o trabalho humano, os direitos individuais e as responsabilidades comunitárias; reconhecer que os sistemas sociais, ambientais, económicos e políticos são interdependentes; ponderar os custos e os benefícios das decisões plenamente; reconhecer que os recursos são finitos e que há limites para o crescimento e que a nossa capacidade de ver as necessidades do futuro é limitada, e qualquer tentativa de definir a sustentabilidade deve permanecer tão aberta e flexível quanto possível.


Outro conceito é relacionado a "meio-ambiente"... o que é uma redundância.  Vamos deixar claro que não existe um "meio" que não seja "ambiente" ou um "ambiente" que não seja "meio", sendo assim vou apenas mencionar "ambiente".

Novas tecnologias têm por objetivo proporcionar ao agricultor máquinas, equipamentos, ferramentas e técnicas que menos impactem o ambiente.  Agricultura como vários outros pilares da economia está adotando medidas socioambientais responsáveis na prerrogativa de maior sustentabilidade agrícola.  Quando são abordados temas sobre agroquímicos nas lavouras a temática de sustentabilidade volta a aparecer.  Estes produtes, acreditem, isso eu garanto, quando corretamente ministrados não são prejudiciais ao Homem, a fauna ou mesmo a flora e ajudam no aumento da produtividade no campo.


Na cana-de-açúcar, como em outras muitas culturas, a mecanização é condição básica para atender ao protocolo ambiental para manter o seu meio de produção. Em vista a sua rápida intensificação (medida pelo índice de mecanização das operações do sistema produtivo, mais especificamente da etapa de colheita) vem se tornando cada vez mais necessária.


Como exemplo prático, o estado de São Paulo no tema da cana-de-açúcar foi o primeiro a apresentar medidas agroambientais específicas que ajudam a assegurar que o avanço da mecanização.  Ainda existe um longo caminho a ser galgado onde é necessário mais diretrizes e diálogos que apoiem o Agro nacional.


Mecanizar de forma consciente e avançar tecnologicamente significa cuidar do ambiente!


O Agro não para"


* Marco Lorenzzo Cunali Ripoli, Ph.D. é Engenheiro Agrônomo e Mestre em Máquinas Agrícolas pela ESALQ-USP e Doutor em Energia na Agricultura pela UNESP, executivo, disruptor, empreendedor, inovador e mentor. Proprietário da BIOENERGY Consultoria, da ENERGIA DA TERRA empresa de alimentos saudáveis e investidor da DRINQUIS.

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