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7 DE SETEMBRO: A VOZ DO POVO É A VOZ DE DEUS

31/08/2021 - Por walter francisco molina junior
Atenção: Os textos e artigos reproduzidos nesta seção são de responsabilidade dos autores. O conteúdo publicado não reflete, necessariamente, a opinião da ADEALQ.

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Dito popular, “a voz do povo é a voz de Deus” necessita ser explicado. Aliás, não somente este dito popular necessita explicação, mas muitos outros. Quem não tem cão caça com gato, teria o sentido de que, caso uma atividade exija utilização de algo de que não dispomos, seria admissível improvisar para obter o mesmo efeito. Isso valeria para todas as atividades, materiais ou não. No entanto, muitos afirmam que o correto seria “quem não tem cão, caça como gato”, ou seja, se não dispomos de alguém que nos apoie e ajude numa determinada tarefa, devemos agir sozinhos, pois os gatos caçam sozinhos. Já o conhecido “quem tem boca vai a Roma”, seria usado com o significado de enaltecer as realizações das pessoas proativas, cuja atitude faz com que atinjam seus objetivos com mais eficiência. Afinal, quem pergunta, se informa e “se vira” para resolver suas dificuldades tem vantagem em nossa sociedade. Há controvérsias quanto ao texto do ditado, pois há quem afirme que o correto seria “quem tem boca vaia Roma”. Vaia, do verbo vaiar. Dizem que o significado teria origem ainda no Império Romano, quando a plebe emitiria vaias aos Imperadores, no momento em que estes tomavam decisões contrárias aos seus anseios e necessidades Vaias às ações vindas de Roma, sua capital. Particularmente creio que isso seja um pouco fantasioso, uma vez que esse tipo de atitude na Roma Antiga era punido com pena de morte. É mais provável que o significado original esteja de acordo com o outro ditado que diz que “todos os caminhos levam a Roma”, em função da enorme malha rodoviária construída pelos Romanos.

Onde entra a voz de Deus, nessa estória? É o seguinte: a realidade é que o significado do ditado popular é o contrário daquilo que se pensa. De acordo com os ensinamentos bíblicos cristãos, Deus abençoa as escolhas populares, mas isso não significa que estas escolhas sejam a sua vontade. Esses mesmos ensinamentos, no entanto, dizem que, porque as escolhas são abençoadas, elas devem ser respeitadas. Parece antagônico, mas não é. Um exemplo disso é a história do Rei Davi. Davi, filho de Jessé, de Belém, era o mais novo de 8 irmãos e fora treinado para pastorear ovelhas, mas tinha inúmeras outras habilidades, dentre elas a música. Era exímio tocador de harpa. Diz a escritura que Deus encarregou o Profeta Samuel a escolher um substituto para o Rei Saul e disse a ele que este seria um dos filhos de Jessé. O Profeta foi apresentado a todos os 7 irmãos de Davi, mas percebeu que dentre eles não iria rolar rei nenhum. Então, chamaram o pequeno Davi, e pronto, ali estava o escolhido que foi ungido, mas não tomou posse de imediato. Este seria o Rei de Israel.

Na época dos acontecimentos o Rei Saul governava, tendo sido escolhido pelo povo e, por isso, Davi, mesmo ungido por Deus, devia-lhe obediência. Demonstrou isso em diversas ocasiões, mesmo tendo por duas vezes a oportunidade de mata-lo para assumir o poder, não o fez. Após a morte natural do Rei, Davi foi levado ao trono.

E o 7 de setembro, o que tem a ver com isso tudo? Bem, acontece que, em face às crises institucional e política que vivemos, estão marcadas manifestações por todo o país e quem delas participará é o povo. Além disso, quem governa o Brasil, neste período, é uma pessoa legitimamente escolhida pelo povo e, portanto, abençoada por Deus, uma vez que sem essa benção ele não estaria lá. Lembremo-nos do caso do então Presidente Eleito, Tancredo Neves. Sob esta ótica, que é a forma de pensar cristã, mesmo déspotas como Hitler e Mussolini, que foram levados ao poder pela ação popular, seriam abençoados por Deus. Portanto, seja qual for a vontade popular no dia em que comemoramos nossa independência, ela será abençoada, uma vez que somos povo.

Portanto, que Deus nos acuda!

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